Cálculo renal e outras litíases urinárias


A litíase urinária é umas das doenças mais comuns do trato urinário, sendo mais frequente em homens do que mulheres em uma proporção de 3:1, com maior incidência entre 30 e 50 anos. Entre os principais fatores predisponentes estão a idade, hereditariedade, hábitos alimentares e fatores ocupacionais.

A formação dos cálculos ocorre basicamente pelo excesso de sais minerais na urina (supersaturação), diminuição da ingesta líquida ou diminuição da quantidade de certas substâncias como o citrato, que age como inibidores da cristalização, diminuindo a formação dos cálculos.
Entre os principais sintomas associados à litíase urinária destacam-se a cólica renal, a hematúria ou sangramento na urina e sintomas irritativos urinários. A dor tipo cólica renal é um evento marcante para todo paciente com urolitíase, pois geralmente é de forte intensidade, de início súbito, sem posição de alívio, geralmente acompanhada de náuseas ou vômitos, taquicardia, palidez, irradiação para testículos ou períneo, aliviando somente com analgesia endovenosa. A presença de febre ou tremores levanta a hipótese de infecção renal associada que, muitas vezes, pode levar a uma infecção generalizada ou sepsis se não tratada adequadamente.
Entre as possibilidades de tratamento, podemos citar o tratamento conservador, geralmente associado a algum medicamento que favorece a passagem espontânea do cálculo. Os cálculos com até 5mm de diâmetro tem grande possibilidade de expulsão natural, porém, este processo pode durar por várias semanas, exigindo frequentes visitas às emergências médicas para analgesia. Para os cálculos maiores e impactados existe uma variedade de tratamentos, entre os quais podemos citar a litotripsia extracorpórea por ondas de choque, a litotripsia endoscópica a laser com colocação de cateter duplo J, a nefrolitotripsia percutânea e a cirurgia aberta que, por ser um método mais invasivo e com maior morbidade para o paciente, é bem menos realizada nos dias de hoje. A investigação geralmente é realizada em consultório ou em pronto atendimentos no momento da crise. Os principais exames solicitados são o exame de urina simples, ecografia abdominal , RX de abdome e tomografia computadorizada dependendo dos achados iniciais.
Ainda não existe consenso em quando e em que pacientes devem realizar avaliação laboratorial ou metabólica. Porém, esta geralmente é indicada em crianças, pacientes com rim único ou com episódios recorrentes de litíase urinária. Entre as medidas gerais, citamos o aumento da ingesta líquida, diminuição do sal nos alimentos, redução de peso e aumento da atividade física. Entre as medidas específicas, podemos salientar o uso de Citrato de Potássio nos casos de hipocitratúria, diuréticos nos casos de hipercalciúria e Halopurinol associado a dieta pobre em ácido úrico, nos casos de hiperuricemia.
A Litotripsia endoscópica a laser é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo no qual é utilizado um aparelho denominado ureteroscópio que pode ser rígido ou flexível e este será introduzido , através da uretra , no ureter ( canal que liga o rim à bexiga ) ou no sistema coletor renal para realizar a fragmentação do cálculo pela utilização da energia gerada pelo laser.
A litotripsia extracorpórea consiste em um procedimento menos invasivo, mas também muito eficaz no tratamento da Litíase Urinária. O aparelho gera ondas de choque a partir de uma fonte externa de energia, propagando-as no interior do organismo e fragmentando os cálculos urinários.
A cirurgia é realizada através da pele, com uma pequena incisão (aproximadamente 1cm) na região lombar. Através do orifício, é passado um tubo por onde os instrumentos e câmera de vídeo são introduzidos, possibilitando a visualização, fragmentação e a retirada destes cálculos.

Agende uma consulta!

Entre em contato para marcar consultas, procedimentos e tirar dúvidas.

(51) 991915390